sábado, 30 de maio de 2009

BIRA POR NEI LIMA


Este companheiro de fotolog é um mestre das caricas.

É dono de um talento ímpar na percepção de detalhes de expressão.

E sempre surpreende com suas novidades em linha e cores.

Valeu, Nei!


SHIMAMOTO SAIU DO SUFOCO



E-mail que recebi do mestre, depois de enviar meu esculacho contra o governador Zé Serra, que falou que o livro da Via Lettera era de mau gosto:





"Caro mestre Birão, tive problemas de saúde e estou bem melhor.


Quase um mês longe da prancheta e do micro.


Foi provocado uma crise alérgica por remédio que tomei após cirurgia na arcada dental inferior. Urticária, inflamação muscular, entumecimento dos pés e das mãos com feridas na pele, um horror.


Está regredindo, e vou poder voltar atrabalhar!


Que burrada essa das agaquês impróprias para alunos infantís, hein?


Paredão com eles!!


Abração!"


Shima



Aqui, mais sobre o escândalo de burrice e incompetência tucana:
http://chargesbira.blogspot.com/2009/05/culpa-e-do-serra.html

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Aqui, o convite...


Produção gráfica da agência de design Território da Criação.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Começando uma carica


Este convite foi um pedido do Aírton, da Agência de Design Território da Criação.
Eu tenho produzido ilustrações para a sua agência, que tem clientes como DPaschoal, Fundação Educar, PUC Campinas, Unicamp, Densit, entre outros.
A idéia era fazer a carica do próprio, vestido de Trekker:
"Eu em pé com roupa da série clássica e colete, com a boina (minha marca no meio motociclístico) e orelhas do Spock, fazendo o sinal Vulcano de vida longa e próspera. Logo atrás a minha moto e ao fundo, no céu, a enterprise."
Simples? Nem tanto. Comecei a pesquisar imagens e enviei o recado:
"Beleza, assim que eu sair do pelourinho eu te faço um esboço!"
Usei lapiseira G-2, grafite 0.7mm, 2B.
O cliente aprovou, mas pediu pra tirar as sobrancelhas de Spock.

... arte-final com nanquim...


Usei canetas Unipin japonesas, 0.3mm e 0.5mm
Pitt Faber Castel alemã (estilo pincel).

... e cores!


No photoshop.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Don Rosa e Carl Barks


Publicado em meu Bira Zine (2005)

À venda em


HQ Mix Livraria
Pça Rooselvet, 142
Sampa


FNAC
Shopping D. Pedro
Campinas (SP)

sábado, 9 de maio de 2009

O incrível exército de Brancaleone


Ótimo filme de Mário Monicelli, paródia engraçadíssima dos filmes medievais, com personagens impagáveis!
O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE
(Lâ lncredible Armata Brancaleone, ITA 1965)
DIREÇÃO:
Mário Monicelli
ELENCO:
Vittorio Gassman, Gian Maria Volonté, Catherine Spaak
90min, Look Filmes.
RESUMO
Este clássico do cinema italiano, retrata os costumes da cavalaria medieval através de uma demolidora e bem humorada sátira. A figura central é Brancaleone, um cavaleiro atrapalhado que lidera um pequeno e esfarrapado exército, perambulando pela Europa em busca de um feudo. Trata-se de uma paródia a D. Quixote de Cervantes.O filme consegue ser hilário, mesmo na reconstituição dos aspectos mais avassaladores da crise do século XIV, representados pela trilogia "guerra, peste e fome". Utilizando-se sempre da sátira, o filme de Monicelli focaliza a decadência das relações sociais no mundo feudal, o poder da Igreja católica, o cisma do Oriente e a presença dos sarracenos.
CONTEXTO HISTÓRICO
A Baixa Idade Média estende-se do século XI ao XIV, caracterizando a crise do feudalismo.O processo de decadência do sistema feudal tem origem nas próprias contradições inerentes a qualquer modo de produção. No século XI, com a necessidade de aumentar a produção de alimentos, os senhores feudais aumentaram a exploração sobre os servos, que iniciaram uma série de revoltas e fugas, agravando a crise já existente.As cruzadas entre os séculos XI e XIII representaram um outro revés para o feudalismo, já que Jerusalém não foi reconquistada pelos cristãos e o cristianismo não foi reunificado, com as igrejas Católica Romana e Ortodoxa permanecendo separadas.
A reabertura da navegação no Mediterrâneo entre Oriente e Ocidente (principal desdobramento das Cruzadas), resultou no crescimento de relações econômicas mais dinâmicas, representadas pelo Renascimento Comercial e Urbano.O trinômio "guerra, peste e fome", que marcou o século XIV, afetou tanto o feudalismo decadente, como o capitalismo nascente. A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre França e Inglaterra devastou várias regiões da Europa, enquanto que a "peste negra" eliminou cerca de 1/3 da população européia. A destruição dos campos, devastando plantações e rebanhos, trouxe a fome e a morte.Nesse contexto de transição do feudalismo para o capitalismo (passagem da Idade Média para Moderna), além do desenvolvimento do comércio monetário, notamos transformações sociais, com a projeção da burguesia, políticas com a formação das monarquias nacionais, culturais com o antropocentrismo e racionalismo renascentistas, e até religiosas com a Reforma Protestante e a Contra Reforma.
Nota-se ainda, o início do processo de expansão ultramarina, que abrirá os horizontes comerciais para os Estados europeus fortalecendo tanto a burguesia como os monarcas absolutistas.

domingo, 3 de maio de 2009

MEU ADEUS A AUGUSTO BOAL


Vereador pelo PT do Rio, um gênio do Teatro mundial.
Carica feita para o Blog do Pirata:
http://www.zinedopirata.blogspot.com/


Augusto Boal, lembrança
(Por Urariano Mota)
O necrológio envergonhado dos jornais se abrem hoje com o registro "Morreu na madrugada deste sábado, aos 78 anos, o diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal", para depois, num acréscimo, dizerem coisas como "em 1971, foi preso pelo regime militar, pelas ligações com o Partido Comunista do Brasil. Três meses depois, ao ser solto, foi para os EUA e, em seguida, para Argentina e Portugal". E as folhas mais mostram quanto mais escondem, pois fica patente o constrangimento do registro do falecimento de um homem como tu, ao mesmo tempo que mencionam, de longe, a razão do teu viver. Para os mais jovens, que leem um necrológio de tal natureza, os teus três meses de prisão podem até parecer que foram algo como uma repressão passageira, leve, pelo crime de uma ideologia clandest ina. Historinha dos mais velhos. Isso porque, nesses registros, o pano de fundo do Brasil da ditadura, o teatrinho dos tiros trocados entre terroristas e patriotas, a tortura, os a ssassinatos, a infâmia do Brasil de quando foste preso, "já passou, não é?, a dorzinha foi embora".
É a isso que chama edição, a nova edição: omitir em primeiro lugar, para depois torcer, distorcer, insinuar coisas que são veneno. Quem te mandou ser ligado a partido ilegal?Se saímos dos jornais, e vamos para as grandes redes na web, dos provedores, recebemos a tua penúltima notícia como "Na década de 70, por estar exilado do país pela ditadura militar, difundiu seu método pela Europa. O seu trabalho pelo Teatro do Oprimido rendeu uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 2008", e a tua foto, sem a substância do que eras, apenas o rosto de um coroa meio maluco, cabeleira grisalha, assanhado, camisa florida, dói na retina. A tua mais recente notícia se insere no menu de "famosidades". Estás em um menu onde Amy Winehouse desmaia no Caribe, Ivete vai homenagear a mãe em tributo ao Rei, cunhado de Britney sai do hospital. A máquina da mediocridade, do falso, do business, contra a qual tanto lutaste, tenta nivelar a tua pessoa a divertimento.
Isso quando apareces, porque em outros portais nem te deram o desprezo de a gripes e porcos te misturarem.
Para te dizer adeus, como a lembrar a composição que Chico Buarque te dedicou em Meu Caro Amigo, nada melhor que um trecho da Carta do MST, que a web livre divulgou há pouco: "Generoso, expôs sempre por meio dos relatos de suas histórias, seu método de aprendizado: aprender com os obstáculos, criar na dificuldade, sem jamais parar a luta". Leio a frase e me ponho a pensar, a ruminar, em como teria sido bom se tiveses cruzado o caminho de um adolescente magro e faminto do subúrbio de Água Fria, zona norte do Recife. Sem pai, sem mãe, de patrimônio só o desejo, um dia aquele menino em 1965 quis ser ator. Sim, que mais queria, o que só queria? Ser ator de teatro, por que não? Então ele se dirigiu e procurou estímulo com um endinheirado empresário, que se dedicava ao teatro nas horas vagas.
- Seu Costa, assim, sabe?... será que o senhor, que conhece tanta gente, será que não podia me indicar para trabalhar no teatro?
Seu Costa em 1965 divertia-se no Teatro de Amadores de Pernambuco, lugar de classe média muito sensível naquele tempo. O novo burguês então olhou o rapazinho de cima a baixo, mediu o jovenzinho que de gente era só olhos:
- Você?! Você entrar para o teatro?! É o mesmo que entrar em mato sem cachorro. E o adolescente de 14 anos desistiu do teatro,de amadores e profissionais para sempre. Penso agora em como teria sido bom que ele em 1965 soubesse que no teu teatro havia uma saída. Ao ler a carta do MST há pouco, sinto que não poderia dizer "Nós, trabalhadoras e trabalhadores rurais sem terra de todo o Brasil, como parte dos seres humanos oprimidos pelo sistema que você e nós tanto combatemos, lhes rendemos homenagem, e reforçamos o compromisso de seguir combatendo em todas as trincheiras". Eu não lavro o campo, nada sei plantar, não crio galinha, nem mesmo tenho a coragem da luta pela terra desse movimento. Mas bem posso lembrar outros oprimidos.
Lembro um artista no bar Marola, em Olinda, que pedia dinheiro como pagamento para escrever nomes de clientes em grãos de arroz. Como são eloqüentes os artistas! Como sabem simbolizar com a precisão da flecha que atinge o olho da mosca. Para comer, esse artista no Marola escrevia minúsculo em grãozinho de arroz. Era um jovem, pálido, e é interessante como o vejo vestido em túnica grega a desenhar a mediocridade de toda a gente em grãos miudinhos. Melhor que a sua arte era o orgulho da sua arte. Enquanto percorria as mesas ele era insultado. Dele zombavam os miseráveis com dinheiro na carteira:- Se eu fosse viver disso...- Planta arroz, dá mais futuro ...Enquanto ouvia isto, ele e seu orgulho, albatroz ferido cantava baixinho: "Ponta de areia, ponto final, da Bahia a Minas, estrada natural. Que ligava Minas ao porto, ao mar, caminho de ferro, andar, andar".
Por isso escrevo ao fim. Em lugar da visão do teu corpo a queimar, o corpo, só o corpo, aquilo e aquele que não mais é Boal, em lugar de qualquer visão mórbida, melhor lembrar-te ressurgido, a continuar tua vida no corpo e alma desses artistas que se erguem, e no meio da humilhação continuam, apesar de tudo, a andar, andar.

sábado, 2 de maio de 2009

Gianfranco Manfredi


Grafite e photoshop.
Publicado no blog do Patati:
http://enquantoisso-patati.blogspot.com/
Resposta de um dos maiores criadores de Fumetti da Itália:
"Grazie per la caricatura, buon Primo Maggio! Gianfranco"
Il sito ufficiale di Gianfranco Manfredi...