Um estágio rápido vapt-vupt...
O Estúdio do Mauricio foi o primeiro que conheci.
Eu havia publicado duas páginas de HQs na página "Futuro Artista" da Folhinha de S.Paulo. Isso já tinha sido uma glória, era o jornal que publicava Os Bandeirantes de Moretti (que futuramente eu conheceria e me tornaria amigo) e Nicoletti.
Minha prima Goya, grande colecionadora de gibis da Turma da Mônica sugeriu que eu entrasse em contato com a jornalista Eunice Veiga, editora da seção na Folhinha e marcasse um bate-papo com o Mauricio, minha mãe deu a maior força. Foi o que fizemos.Era o ano de 1977.Eu tinha 13 anos e muita expectativa.Depois de uma agradável conversa com o Maurício, a quem mostrei vários desenhos e gibis de super-heróis que eu fazia, ele disse que meu estilo não batia muito com o do estúdio, que era mais infantil.
Elogiou meu traço, deu parabéns pelo empenho. E me convidou a fazer um estágio à distância (desses que o moleque deixa as páginas desenhadas e o pessoal do estúdio envia de volta pelo Correio, com comentários) e ao pé do ouvido falou para que eu não levasse mais a família a tiracolo (eu tinha ido com minha mãe, que sempre deu a maior força para que eu me dedicasse aos Quadrinhos e a Goya, prima tiete).
Aí disse que iria me apresentar a um desenhista que realmente ia me interessar: grande e saudoso Jayme Cortez, seu diretor de Arte. Foi um show. Cortez além de me presentear com A Técnica do Desenho e o Zodíako, me deu uma aula de anatomia e de como escolher bons desenhistas para copiar, que não esqueço até hoje. Mas disse que eu não devia copiar pra sempre, tinha que buscar meu estilo. Depois de algumas páginas ampliadas do Pelezinho e Mônica calcados no traço do Zé Márcio Nicolosi (diretor de arte de animação e um dos desenhistas mais fantásticos do estúdio MSP), percebi que não tinha "pegado" o estilo da Turma da Mônica.Mas, esta experiência me propiciou dar um novo pulo (a vida é sempre assim, né?)
Em 1979, o Estúdio Ely Barbosa produzia quadrinhos Hanna-Barbera para a Rio Gráfica Editora e publicou um anúncio em jornal: "Precisa-se de Desenhista de História em Quadrinhos com ou sem experiência". Minha mãe, dona Lourdinha, que lia o jornal, recortou o anúncio e lá fui eu, do Tatuapé para a avenida Indianópolis, do outro lado da cidade. Cheguei, sem experiência, mas com uma pasta a tiracolo cheia de desenhos: HQs de super-heróis, uma quadrinização de O Guarani que fiz para a escola e algumas páginas ampliadas dos personagens do MSP.Foi este conjunto que me garantiu uma vaga no estúdio do Ely.Por isso, homenageio este grande nome do Quadrinho Nacional e seus 50 anos de produção e defesa apaixonada por tudo isso que fazemos e pelo que fizeram nomes como Araujo Porto-Alegre, Angelo Agostini, Rian, J.Carlos, Yantok, Belmonte, Luiz Sá, Storni e dezenas de outros que Mauricio sempre faz questão de homenagear em suas HQs históricas e antológicas.
Citando meu amigo Tietê:
"Dia 18 de julho, fez 50 anos que o Maurício de Sousa publicou a primeira do Bidu e Franjinha,que depois se tornou a Turma da Mônica. E para comemorar, vários cartunistas em uma ação virtual,publicaram em seus blogs as respectivas homenagens a esse mestre dos quadrinhos nacional.Confira o blog oficial do projeto
organizado pelo Wesley Samp, de Os Levados da Breca."
MINHA NOVA COLUNA NO BIGORNA
Falando sobre HQs em Porto Alegre e Canoas
FUI ENTREVISTADO PELO PROGRAMA ESPELHO URBANO DA PUCC
Ótima entrevista dos alunos do quarto ano do curso de jornalismo da PUC Campinas. Editada por Matheus Filippi e Maiara de Lima e conduzida pelo Matheus Pezzotti. A edição final ficou a cargo de Bruno e Edson. A professora de jornalismo é minha amiga Ivete Cardoso.
Entre os depoimentos aparecem o da minha filha Thais, do Ricardo Quintana (sócio da Escola Pandora) e do João Antonio (dos Arquivos Incríveis) que apesar de não fazer parte da AQC (pequena falha), é um grande pesquisador de HQ e caricatura (me ajudou em D.Quixote ao Gonçalo Jr, na biografia do Colin).
A criatividade na criação, condução e finalização é uma prova de que há estudantes inteligentíssimos e talentosos nos cursos de jornalismo. O que é um alento, pois podemos esperar um futuro brilhante para jovens como estes.
http://www.youtube.com/watch?v=YNQmfS0QL8Y
Ótima entrevista dos alunos do quarto ano do curso de jornalismo da PUC Campinas. Editada por Matheus Filippi e Maiara de Lima e conduzida pelo Matheus Pezzotti. A edição final ficou a cargo de Bruno e Edson. A professora de jornalismo é minha amiga Ivete Cardoso.
Entre os depoimentos aparecem o da minha filha Thais, do Ricardo Quintana (sócio da Escola Pandora) e do João Antonio (dos Arquivos Incríveis) que apesar de não fazer parte da AQC (pequena falha), é um grande pesquisador de HQ e caricatura (me ajudou em D.Quixote ao Gonçalo Jr, na biografia do Colin).
A criatividade na criação, condução e finalização é uma prova de que há estudantes inteligentíssimos e talentosos nos cursos de jornalismo. O que é um alento, pois podemos esperar um futuro brilhante para jovens como estes.
http://www.youtube.com/watch?v=YNQmfS0QL8Y
Um comentário:
Bira,bira,bira. esse video foi uma das surpresas mais gratificantes que tive este ano. Como se não bastasse, ainda teve o blues como musica de fundo.
Quando vc falou da sua experiencia na luta sindical. fez-me lembrar da minha passagem pelos sindicatos de salvador. Durante algum tempo eu fiz charges em boletins sindicais. Quem não fez? Ha,ha,ha,ha.
Um abraço.
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